Presente no Brasil desde 1942, a marca Kibon era a mais lembrada por 58% dos consumidores no primeiro Top of Mind, em 1991. Neste ano, o percentual alcançou 66%.

Para Natani Carolina Silveira, professora da Unip e do Senac, a hegemonia da marca está relacionada ao pioneirismo da empresa no investimento de inovações de produto. Segundo ela, Kibon alterou os hábitos de consumo dos brasileiros. "Antes o sorvete era consumido em ocasiões especiais, de forma esporádica. A marca transformou o sorvete em um produto de consumo de impulso e que também poderia ser consumido como uma sobremesa", explica.

As campanhas publicitárias, associadas à grande variedade de sabores e à pulverização dos pontos de venda, levaram o público a inserir o sorvete no seu hábito diário.

Katia Ambrosio, diretora de marketing da Kibon, avalia que a liderança no Top of Mind não é casual.

"A marca aposta sempre em campanhas de comunicação diferenciadas, ativações inusitadas e, principalmente, inovações."

Explica que hoje a Kibon oferece produtos adaptados ao consumo dentro e fora de casa, para as diversas horas do dia, e cita como exemplo uma forte campanha feita dentro do universo digital da marca quando perceberam que havia um grande potencial de mercado para os picolés como opção de "snack" (no período da tarde).

"As mudanças de hábitos e atitudes dos consumidores são sempre analisadas por meio de pesquisas", explica a diretora. Alguns produtos são criados a partir de pedidos dos consumidores, como o Kibon Zero (sem adição de açúcares).

"Vamos desenvolver produtos que tornem esse momento de tomar sorvete um momento de compartilhar felicidade", diz Katia.