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Padaria aumenta faturamento ao investir em modernização do espaço
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Padaria aumenta faturamento ao investir em modernização do espaço
por A Crítica
07/08/2015

Filho de imigrante japonês, o engenheiro de produção Edmilson Manabu Mota, de 28 anos, ainda era uma criança quando seus pais fundaram a Panificadora Tokyo, no bairro Japiim, Zona Sul de Manaus, há 17 anos. Antes, eles tinham um mercadinho, mas foi a visão empreendedora do pai que os levou a entrar no mercado dos pães, carro-chefe do comércio e que contou com a ajuda de toda a família, inclusive da irmã mais nova de Edmilson, Luana Manami, 25 anos.

Em 2010, eles não só assumiram a responsabilidade de tocar o comércio como apostaram grande no negócio que sustenta a família há quase duas décadas. Desde que se tornou o principal gerente da panificadora, mesmo frisando que a proprietária ainda é sua mãe, Edmilson Manabu viu que precisava modernizar o local e profissionalizar os serviços se quisesse sobreviver a crise que já assolava boa parte do planeta.

Em apenas cinco anos, o espaço para mesas mais do que dobrou. O número de colaboradores também cresceu: foi de 8 para 11 pessoas. E como ele se orgulha de dizer, o faturamento cresceu consideravelmente em apenas dois anos. Mas onde que Edmilson viu a chance de crescer?

“Acredito que foram dois pontos: primeiro a visão empreendedora do meu pai, que acabamos herdando. Segundo que era algo que o nosso mercado pedia da gente, nossos clientes, e encontramos oportunidade para investir”, explica Edmilson Manabu.

“A região aqui se tornou um ponto comercial ao longo do tempo, então foi a partir do mercado do nosso bairro que verificamos a chance de fazer algo mais voltado para o café da manhã e lanche”, acrescenta.

No ano passado, o engenheiro de produção deixou de vez o emprego que tinha em uma empresa do Distrito Industrial para se dedicar a Panificadora Tokyo. Nesse período, ele viu o faturamento aumentar em 20% e confirma que a aposta valeu a pena.

“Há 5 anos começamos a fazer melhorias anualmente, mas foram nos últimos 2 anos que aumentamos consideravelmente o espaço de atendimento porque constatamos o desperdício no espaço de produção. Com isso, conseguimos aumentar o local para mesas e cadeiras e conseguimos não ficar somente na venda de pães, ampliando o cardápio para lanches e salgados, que hoje são nossos carros-chefes”, diz.

Para isso, Edmilson Manabu contou com o auxílio do Sebrae-AM, que orientou a família a como seguir no negócio,que se tornou cada vez mais lucrativo.

“Com a ajuda do Sebrae, a gente conseguiu, além de maximizar nossa produção, aumentar nossa linha de produtos e começar a controlar melhor os custos e gastos da empresa, e hoje podemos ver nosso avanço”, avalia. “A partir deste ano, mesmo com toda essa crise, estamos tendo um bom resultado, mas só porque resolvemos ampliar”, completa.

E parar a expansão não está nos planos da família nipo-brasileira: o que para Edmilson era uma questão de reforma e visualização acabou anulando desperdícios  e abrindo espaço para mais serviços.

“Enxergamos agora uma oportunidade de servir almoço, que é uma tendência das panificadoras modernas. Hoje, além de vender pão, as panificadoras se tornaram uma espécie de loja de conveniência, com uma gama de produtos muito diversificada”, diz. Edmilson aposta que foi a falta de um local assim no Japiim que os impulsionou. “Existe essa necessidade, não tem outro restaurante por perto”.

Próximo passo? “Trazer características orientais, para fazer jus ao nome da panificadora. Oferecer yakissoba, sushi... mas isso requer um investimento também”, acredita.

O gerente frisa que, junto com todo o investimento, foi feito também uma análise de custos e viabilidade. “Nossos resultados mostram que vale a pena o investimento e nossa ideia é aumentar entre 35% e 40% com essas últimas modernizações, mas acredito que aumente ainda mais”, torce.

Presença digital

Mas não foram só investimentos, cálculos de risco e números que engrandeceram a Panificadora Tokyo. A também gerente Luana Manami apostou nas redes sociais para aumentar a presença da marca e englobar ainda mais clientes, criando contas no Facebook e Instagram, onde divulga imagens de quitutes saídos do forno e informações como horários e serviços.

“Querendo ou não é uma ampliação da marca. Antes, só quem conhecia aqui eram as pessoas do bairro, então as redes sociais trouxeram pessoas de um pouco mais longe, como dos bairros Parque 10 e até Ponta Negra, além de amigos, que não conheciam o que tínhamos aqui”, explica.

Formada em enfermagem, Luana diz que as mudanças nos últimos 5 anos foram significativas:

“A padaria era muito informal. Fomos ver que coisas simples, como fardamento, a forma de abordar o cliente e até o fato de termos começado a aceitar cartão e vale-refeição, fizeram a diferença. Querendo ou não, quando o dono está presente é diferente e queremos aproveitar isso ao máximo”, declara.

Apesar de não ser uma revolução na economia local, todas essas mudanças impactaram a região onde a panificadora se situa, na avenida General Rodrigo Octávio, e alteraram a forma de trabalho da família Mota. Mesmo sabendo que para algo dar certo precisa contar com uma inovação, Edmilson observa que a inovação em si é relativa.

“No nosso caso é mais uma inovação no comércio do bairro do que de um produto. Nossa ideia não é criar um produto novo, mas inovar onde atuamos”, diz.

“Acredito que são nas épocas de crise o melhor tempo para se reinventar, descobrir novas oportunidades. Temos o exemplo do Japão pós-guerra, que cresceu e virou a nação que é hoje. A gente também pensa assim. A situação não é tão fácil, os custos aumentaram muito, principalmente administrativos, mas enxergamos que agora é o momento de se diferenciar, de fazer coisas novas”, finaliza o engenheiro, com um sorriso satisfeito estampado no rosto.

De acordo com Edmilson Manabu, o segredo do sucesso das empresas familiares é a profissionalização.

“Existe a questão da confiança, dedicação... Somos nós quem precisamos cuidar para que o rendimento não venha a cair, e isso acontece através da profissionalização. Algum tempo atrás não tínhamos folga nem salário, mas hoje temos planejamento de horários, salários fixos para toda a família e até férias”.

 
 
 
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