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Indústrias apostam na venda de semiprontos para padarias
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Indústrias apostam na venda de semiprontos para padarias
Fabricantes de pães, salgados e produtos de confeitaria apostam na venda para food service e abertura de novos mercados para compensar retração nas encomendas este ano
por Jéssica Kruckenfellner (DCI)
23/07/2015

A automação das padarias vem ganhando importância na estratégia de vendas das fabricantes de alimentos semiprontos. Para driblar a fraca demanda no varejo, o segmento vem ampliando o portfólio de panificação e buscando novos mercados consumidores."Percebemos que, para reduzir custos, as padarias estão migrando para a compra de produtos semiprontos ao invés de manter fabricação própria", diz o diretor comercial da Forno de Minas, Vicente Camiloti.

O executivo conta que a estratégia da empresa este ano tem sido ampliar o mix de produtos para atender as diferentes demandas nas padarias, desde o produto semipronto para a venda no serviço de alimentação até o consumidor final."As padarias deixaram de ser apenas um local para a venda de pão artesanal. Hoje elas oferecem refeições e são também um mercado. Por isso, temos linhas que atendem a todos esses momentos", diz Camiloti.

As vendas da categoria food service, que incluem alimentação fora do lar e semiprontos para padarias, devem impulsionar o faturamento este ano. Segundo ele, a Forno de Minas chegou a ter 50% do faturamento vindo de food service, mas a categoria perdeu participação nos últimos anos e em 2014 representou 12% do faturamento. A meta para este ano é atingir 25% faturamento com vendas.

"Esse avanço em food service pode ajudar a compensar uma possível desaceleração nos supermercados este ano", acredita ele. Apesar da expectativa, a fabricante tem notado que alguns clientes dos serviços de alimentação estão enfrentando dificuldades para vender.

Como alternativa à retração no consumo, a Forno de Minas ampliou o mix de produtos nos pontos de venda e também a distribuição regional."Aceleramos a abertura de novos clientes [localidades] e também ampliamos a participação nas padarias de redes de varejo, onde já estamos presentes", conta o executivo.

Lançamentos

A Ryco Alimentos também aposta na venda para food service e na ampliação da carteira de clientes para faturar mais esse ano. "O lançamento de novos produtos tem ajudado a impulsionar ainda mais essas vendas", afirma o diretor-geral da fabricante, Ronaldo Goz.

No primeiro semestre, o faturamento da empresa cresceu 25%. De acordo com o executivo, os novos produtos foram responsáveis por 15% da alta nas vendas no período.

Na contramão do setor, o desempenho da fabricante de salgados e doces este ano está melhor que o registrado nos dois últimos anos. "As vendas em 2013 e 2014 foram mais estáveis, mas este ano a nossa meta é encerrar o ano com faturamento 40% maior", revela Goz.

Desse total, cerca de 60% do faturamento com vendas deve vir da linha de food service, influenciada pelo movimento de migração das padarias para os produtos semiprontos."Esse movimento não é novo, mas vem se intensificando e mesmo com algum recuo nas vendas para o varejo, principalmente nas grandes redes, para nós tem sido fácil repor a queda com clientes novos", cita ele.

Atualmente, a fábrica da Ryco Alimentos opera com cerca de 80% da capacidade e produz 430 toneladas por mês. Segundo Goz, a unidade passou por ampliação no final de 2014 e a previsão é usar toda a capacidade instalada até o final do ano."Mesmo com uma dificuldade maior na negociação com clientes do setor este ano, devido à retração no consumo final, as fabricantes continuam investindo em ampliação ou renovação das fábricas", observa o vice-presidente da Associação Brasileira Indústrias Equipamentos Panificação Biscoito Massas Alimentícias (Abiepan), Marco Antonio Coelho.

O dirigente reconhece, entretanto, que algumas empresas têm adiado os aportes por períodos de seis a oito meses."Com essa migração da produção das padarias para as indústrias, o que temos visto é a venda de equipamentos cada vez maiores no setor", cita ele.

Embora a migração seja uma tendência confirmada, o dirigente não acredita que a produção artesanal de pães deixará de existir. "O que podemos ver é a padaria dos supermercados sofrendo mais com a concorrência dos semiprontos para o consumidor final", destaca.

A Bunge, que tem no fornecimento de ingredientes para as padarias parte importante do negócio de alimentos, também mira na venda de produtos prontos nas padarias."Comercializamos a linha de produtos para o food service e consumo final, que hoje também é importante dentro das padarias", comenta o gerente de controle, gestão e marketing do Negócio Trigo da Bunge Brasil, Nilson Vasconcelos.

Ele destaca que a fabricante vem investindo no treinamento dos vendedores diretos e nos processos de distribuição. A inovação no portfólio de produtos e ingredientes também são lembrados pelo executivo como estratégias para manter as vendas no setor de panificação.

Boleiras

Já a Blend Coberturas, forte no segmento de sorveterias, faz o caminho inverso das outras fornecedoras e quer ampliar as vendas oferecendo uma linha para o varejo."Estamos desdobrando o mercado de panificação, para explorar o potencial da categoria de produtos para boleiras", explica o presidente da Blend, Neudo Lambertucci Filho.

Na avaliação dele, embora a deteriorização do cenário econômico potencialize a produção de bolos caseiros para complementar a renda familiar, o segmento se mantém aquecido mesmo com a melhora do cenário econômico."Percebemos que as lojas especializadas em fornecer produtos para esses profissionais fracionavam por conta própria os ingredientes, já que as embalagens eram muito grandes. Então lançamos uma linha com os mesmos produtos, mas em embalagens menores", detalha o presidente da empresa.

Atualmente, a Blend concentra no segmento de sorveteria (50%) a maior parte do faturamento, seguida de confeitaria (30%) e outros produtos (20%). A meta para a nova linha é ter no mínimo 30% de participação no faturamento em confeitaria."Esperamos compensar a queda nas vendas das outras linhas com o lançamento da nova linha para boleiras e a abertura de novos mercados", afirma Lambertucci. Ele revela que, como reflexo do cenário econômico, o volume de encomendas dos clientes está cerca de 20% a 25% menor frente 2014.

 
 
 
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