As vendas de Dia dos Pais deverão ser mais fracas neste ano. Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todas as capitais do país, 4 em cada 10 consumidores não pretendem comprar presentes neste ano.
Entre os principais motivos, os filhos apontaram a falta de dinheiro devido ao orçamento apertado (6,2%, aumentando para 14,4% entre os jovens de 18 a 34 anos) e o fato de estarem desempregados (5%, 11,2% entre os jovens).
Na comparação com o ano passado, 35,4% pretendem gastar o mesmo valor com os presentes e 29,1% afirmam que deverão desembolsar menos. De acordo com o levantamento, apenas 19,7% dos entrevistados planejam gastar mais com os presentes em 2016 do que no último ano.
Entre os que deverão comprar presentes, o valor desembolsado com cada presente será, em média, de R$ 115,37, valor inferior ao indicado em 2015, de R$ 119,83. O valor médio total gasto entre os consumidores da classe C será de R$ 107,95 contra R$ 150,54 das pessoas que pertencem às classes A e B.
Presentes preferidos
A pesquisa aponta ainda que as roupas serão o principal item escolhido para presentear os pais neste ano. O percentual é de 46,6% neste ano, contra 53,8% em 2015. Na sequência, aparecem os perfumes e cosméticos (27,1%), seguidos pelos calçados (18,5%) e acessórios (14,6%).
"Considerando o fraco desempenho das outras datas comemorativas de 2016 até o momento, a expectativa dos lojistas com o Dia dos Pais tende a ser baixa”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, por meio de nota. “A piora da economia, como o aumento do desemprego e a inflação ainda elevada, além do crédito mais restrito, exercem forte impacto sobre o consumidor, que acaba sendo obrigado a limitar seus gastos para organizar as finanças. Para pagar contas atrasadas e honrar os compromissos financeiros, uma importante medida é evitar novos gastos e, nesses casos, presentear outras pessoas muitas vezes deixa de ser prioridade”, avalia.
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