Os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro devem dar um impulso para o comércio lojista da região que espera aumentar em 5% as vendas com o evento. A Olimpíada deve contribuir também para desovar o grande estoque remanescente da Copa do Mundo, que gira em torno de R$ 12 milhões. Os dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDLRio), que escutou 500 lojistas da cidade do Rio de Janeiro dos ramos eletroeletrônicos, artigos esportivos, decoração, roupas (especialmente camisas temáticas e esportivas), calçados, papelaria, souvenires e produtos verde-amarelo. O objetivo era conhecer a expectativa dos empresários em relação ao evento esportivo. De acordo com o levantamento, mais de 70% dos entrevistados disseram que os produtos que mais devem vender com os Jogos Olímpicos são: artigos esportivos (camisas temáticas, calções, bonés, bolas, buzinas, bandeiras), calçados (especialmente tênis), brinquedos (bonecos alusivos aos Jogos Olímpicos) e artigos de decoração (papelaria). Para o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, outro aspecto positivo do evento é que ele deve servir também para desovar os estoques de mercadorias que ficaram encalhadas na Copa do Mundo. "Uma das vantagens é que diferentemente da Copa, com jogos realizados em vários estados do País, os Jogos Olímpicos se concentram no Rio, além de ser um público diferenciado", diz. Ainda de acordo com o executivo, o fraco desempenho do Brasil na Copa do Mundo refletiu negativamente no comércio na venda de produtos verde-amarelo, resultando em um estoque encalhado da ordem de R$ 12,8 milhões no estado e R$ 5,7 milhões no município do Rio de Janeiro. Só em uma das lojas ouvidas mais de 1,8 mil bolas ficaram encalhadas, cerca de 65% do total a ser comercializado. Em outro estabelecimento 130 mil uniformes ficaram nas prateleiras, 50% do que o lojista esperava vender. Os produtos que mais sobraram foram: canetinhas, chaveiros e botons.
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