Sob influência da crise política e econômica, as empresas brasileiras têm perdido competitividade perante outros mercados globais. De acordo com o ranking global do Instituto da Escola de Negócios Suíça IMD, o Brasil está na 57ª posição entre 61 nações, atrás de outros países da América Latina, como Argentina (55ª), Peru (54ª), Colômbia (51ª) e Chile (36ª).
Mas quais são as causas para falta de competitividade? Para Francisco Teixeira Neto, especialista da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), além da instabilidade política, econômica e a falta de confiança perante o mercado global, a competitividade está diretamente ligada a produtividade das empresas. “A crise força as organizações a avaliarem seu desempenho, e a produtividade é um indicador fundamental para avaliar se uma empresa é competitiva. Assim, quando uma empresa é considerada mais produtiva que suas concorrentes, a vantagem se encontra na empresa que possui uma gestão eficiente de recursos, pessoas, máquinas, energia, etc.”.
Veja os principais erros das empresas que comprometem a produtividade:
1. Erros na contratação dos funcionários – designar uma pessoa para um cargo no qual ela não possua o perfil e as competências necessárias ou contratar pessoas que não estejam alinhadas aos valores, crenças e objetivos da organização.
2. Falta de capacitação - não desenvolver constantemente as pessoas para a exercício da função, já que os processos são aprimorados e seus padrões alterados. Pessoas desatualizadas geram produtos ou serviços que precisam ser refeitos. Além disso é importante estimular o feedback sobre o desempenho dos colaboradores. Se as pessoas não sabem o que fazem de errado não há como melhorarem;
3. Ausência de processos - a falta de padrões impossibilita a replicabilidade de um processo ou resultado, gerando retrabalho.
4. Falta de indicadores - é necessário a medição e a melhoria do desempenho. A falta de indicadores deixa o processo muito subjetivo, nem sempre proporcionando os dados concretos para realizar mudanças.
5. Não monitorar e avaliar - se não há medição nem monitoramento do desempenho das pessoas, não a como fazer o gerenciamento;
6. Infraestrutura defasada – a ausência de recursos para que as pessoas possam realizar suas funções com saúde e segurança. Isso inclui também estar atento às inovações tecnológicas que possam proporcionar ganhos de produtividade.
7. Informações centralizadas - não disponibilizar as informações necessárias, ou devidamente atualizadas, para o exercício da função e a tomada de decisões pelas pessoas. Pessoas sem informação fazem errado ou acabam gastando tempo maior que o necessário para desempenhar sua atividade.
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