Programa de Desenvolvimento da Alimentação, Confeitaria e Panificação
Home Quem Somos Projetos Contato
Indicadores Publicações Técnicas Notícias Eventos
Consumo no Brasil volta aos níveis de 2010
NOTÍCIAS VOLTAR
Consumo no Brasil volta aos níveis de 2010
Para 16 de 22 categorias de produtos analisadas, o consumo é ainda mais baixo que o nível de 2010
por Estado de São Paulo
30/05/2016

Com as famílias endividadas e o fantasma do desemprego rondando a economia, o consumo - que já foi o motor de crescimento do País - deve chegar ao fim deste ano no mesmo nível de 2010. Um retrocesso de seis anos, se descontada a inflação. Nesse período o mercado consumidor brasileiro encolheu R$ 1,6 bilhão, valor que se aproxima, em dólares, do PIB da Argentina.

A expectativa para este ano é que o total de gastos dos brasileiros com produtos e serviços chegue a R$ 3,9 trilhões, segundo projeções da IPC Marketing. “A queda que houve em 2015 e a que é esperada para este ano anulam o crescimento que ocorreu entre 2011 e 2014”, diz Marcos Pazzini, responsável pelo estudo e diretor da consultoria.

O consumidor, na prática, já percebeu isso. O carrinho de supermercado não é mais o mesmo, o plano de trocar de carro ou de comprar um imóvel foi adiado, as férias no exterior voltaram a ser uma meta de longo prazo. “Uma das diferenças dessa crise é que, agora, o brasileiro tem uma sensação de perda muito maior”, diz Renato Meirelles, do instituto Data Popular.

Por quatro anos consecutivos, de 2011 a 2014, a taxa de crescimento do consumo das famílias superou o desempenho do PIB. No ano passado, pela primeira vez, o consumo caiu 4% e superou a retração do PIB, de 3,8%.

Para 16 de 22 categorias de produtos analisadas, o consumo é ainda mais baixo que o nível de 2010. Entre elas, estão despesas com vestuário, recreação e cultura, mensalidades escolares, alimentação no domicílio e gastos com viagens.

O que aconteceu no setor automotivo é emblemático para entender esse processo de ascensão e queda do consumo, diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da MB Associados. “O governo não entendeu que a demanda começou a cair e continuou estimulando a capacidade de produção”, diz. Hoje, as montadoras estão preparadas para produzir 5 milhões de unidades por ano, mas fazem apenas 2 milhões. No setor, a estimativa é de que se leve uma década para retomar os níveis recordes de venda.

Em quanto tempo o mercado consumidor como um todo vai se recuperar é uma previsão que os economistas ainda não conseguem fazer. “As famílias estão muito endividadas. Primeiro, terão de pagar suas contas para depois voltar a consumir”, diz Zeina Latif, economista chefe da XP Investimentos. “Será uma recuperação lenta.”

O caminho, dizem os economistas, pode ser mais curto do que se imagina se a equipe do presidente em exercício Michel Temer conseguir, como vem dizendo, retomar a confiança do mercado. “Esse é um fator que não é possível medir, mas pode ser um acelerador”, diz Adriano Pitoli, da consultoria Tendências. Essa diz ele, é uma forma de subir o abismo de elevador e recuperar parte do mercado consumidor com certa agilidade. Os últimos andares, no entanto, só dá para subir de escada e os degraus não facilitam. “É preciso estabilizar a economia, fazer o ajuste fiscal, reduzir taxa de juros, controlar a inflação, não tem outra saída.”


 
 
 
CLIPPING DAPANIFICAÇÃO
BRASILEIRA
Acompanhe semanalmente o compilado de notícias sobre o setor de panificação e confeitaria
NEWSLETTER PANIFICAÇÃO EM REDE
Acompanhe as últimas novidades do convênio ABIP/ITPC/SEBRAE
 
 
CONTATO
ESCRITÓRIO CENTRAL BELO HORIZONTE
Rua Espírito santo, 1204 - 10º andar - centro 30160-031 - Belo Horizonte/MG
(31) 9 9269-0370
propan@propan.com.br
RECEBA NOSSA NEWSLETTER
 ASSINE