O cafezinho de todo dia está pesando mais no bolso do brasileiro. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), nos últimos 12 meses, a alta da bebida chegou a 16,84% no País.

Esse aumento já é sentido na Baixada Santista e varia de acordo com o estabelecimento. Enquanto alguns comerciantes evitam elevar preços, outros planejam novos reajustes.

O proprietário da Panificadora Marapão, em Santos, Márcio Luiz Tavares Correa, explica que o preço do cafezinho aumentou de R$ 1,50 para R$ 2,00 há cerca de dois meses e logo deve subir mais R$ 0,50. “Os preços aumentam, e a gente precisa repassar”.

A proprietária da Panificadora Camões, Albertina Ferreira da Silva, preferiu esperar. Há mais de um ano, o cafezinho custa R$ 2,50, mas terá aumento em breve. “Demoramos para reajustar porque as pessoas que vêm aqui são trabalhadoras e, se o café for caro, elas param de vir”.

Há consumidores achando caro tomar café na rua. “Faz diferença no orçamento”, diz o encarregado de açougue Ubiratan Alves Rocha. “Venho só de vez em quando”.

Segundo especialistas em agronegócio, há dois motivos para o encarecimento do café em grãos: a forte seca que no ano passado atingiu o Espírito Santo, uma das principais regiões produtoras de café do País, e a alta no consumo.