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Fabricantes artesanais temem Páscoa "magra"
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Fabricantes artesanais temem Páscoa "magra"
Assim como aconteceu com o Natal nos últimos anos, data deverá ser regida pelas pequenas lembranças
por Daniela Maciel (Diário do Comércio)
16/03/2016

Impactados pela crise econômica, os últimos dois natais foram rotulados como “das lembrancinhas”. No mesmo ritmo, a Páscoa dá sinais que será “dos ovinhos”. Pouco animados com o ritmo das encomendas e receosos com os resultados apresentados pelo comércio nos dois primeiros meses do ano, fabricantes de ovos de chocolate e outras guloseimas típicas da data vão comemorar se o resultado das vendas pelo menos empatar com o do mesmo período de 2015.

Entre as mais tradicionais fabricantes de chocolates artesanais de Belo Horizonte está a Bombons Lalka, fundada em 1912 na cidade de Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, e transferida para o bairro Floresta, na região Leste de Belo Horizonte, em 1925. Mesmo trabalhando com uma expectativa de 10% acima das vendas do ano passado, o proprietário da Lalka, Roberto Grochawski, se mostra preocupado.

“Tenho que trabalhar com uma margem de segurança por causa das encomendas de última hora, mas vou mudar a estratégia. Dessa vez vou deixar apenas as casquinhas dos ovos prontas para serem recheadas e embaladas em cima da hora. Creio que as vendas deverão se manter estáveis, porém com tíquete médio menor. Se faturarmos o mesmo do ano passado já será um bom resultado”, explica Grochawski.

Acostumado a trabalhar com produtos que variam entre cinco gramas e 30 quilos, o empresário aposta agora nos tamanhos menores, mesmo para as versões mais sofisticadas. Outros produtos, como caixas de bombons, também são opções para quem não quer deixar de presentear mas precisa controlar os gastos.

O aumento no preço dos insumos é a maior dor de cabeça do empresário, que se viu obrigado a diminuir a margem de lucro para não perder clientes. “Tudo subiu de preço e o cacau, que tem cotação em dólar, ainda mais. Estamos segurando os repasses para não perder vendas. Mantemos nosso foco na qualidade. Sabemos que a crise vai passar e quem abrir mão da qualidade agora não poderá competir no futuro”, analisa o proprietário da Lalka.

Em Ouro Preto, na região Central do Estado, a Chocolates Ouro Preto também se prepara para celebrar a data com vendas que devem empatar com as da Páscoa do ano passado. Segundo Luciana Rocha, proprietária da empresa que surgiu em 2004 e hoje tem fábrica e duas lojas na cidade, o planejamento para a Páscoa começou em novembro e a previsão inicial era reduzir a produção.

“Pensamos em produzir menos ou não fazer tantas variedades, mas em janeiro, diante da presença dos turistas em Ouro Preto, voltamos atrás e decidimos manter a produção nos mesmos patamares de 2015. Percebemos as pessoas preocupadas, segurando os gastos, mas não acreditamos que elas vão deixar de comprar. Haverá, certamente, uma diminuição do tíquete médio. O reaquecimento do turismo interno foi muito bom para nós e acreditamos em um resultado que, pelo menos, empate com o do ano passado”, afirma Luciana Rocha.

A estratégia da Chocolates Ouro Preto, que também fornece para a rede hoteleira da região, é manter a qualidade e investir em inovações, criando novos sabores e apresentações. Com ovos que vão de 50 gramas (R$ 7) a 850 gramas (R$ 82), sabores como 70% cacau e o trufado com doce de leite são as principais novidades. “As cestas e barrinhas são soluções para quem quer sair do comum ou controlar os gastos. Como toda nossa produção é artesanal e tem picos nessa época será preciso contratar entre 10 e 12 colaboradores para fábrica”, destaca a empresária.

No mesmo sentido trabalha a chef Letícia Pimenta, que comanda a J’adore, no bairro Estrela Dalva, na região Oeste de Belo Horizonte. Também na direção do Buffet Pimenta Gastronomia, a chef oferece aos clientes não apenas o ovo de chocolate, mas todo o cardápio para o almoço de Páscoa. Para ela, apostar em qualidade, inovação e ingredientes especiais, como o chocolate com avelãs como matéria-prima, é a saída.

“Sempre tento inovar, crio uma nova torta, uma apresentação diferente para um prato tradicional. No caso dos ovos de Páscoa, trabalho com recheio de sorvete, que já é um diferencial. Percebo clientes contumazes fazendo encomendas menores, mas eles não deixam de comprar. Empatar com o ano passado já será um bom resultado diante do aumento de custos que sofremos”, avalia Letícia Pimenta.

 
 
 
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