Os food trucks, que viraram tendência no último ano, seguem com uma versão menos gourmet e mais baratos este ano.
“A moda passou. E esse nosso negócio precisa se readaptar ao novo momento da economia”, diz Rolando Vanucci, dono da rede Rolando Massinha e presidente da Associação Paulistana de Comida de Rua. Para Vanucci, os clientes defood truckesperam mais dos negócios agora. “Precisamos também trabalhar para atrair um cliente que não vê mais novidade nenhuma em comer em pé, ao ar livre, uma comida que muitas vezes ele come sentado, dentro de um restaurante”, explica.
Para Otto Neri Queiroz, sócio do Los Ogros, truck especializado em lanches, até o preço dos produtos precisou se reinventar. “Um ano atrás, tinha gente vendendo hambúrguer a R$ 35, com uma margem de lucro de 50%, 60% líquida. Isso é uma loucura”, disse. “Food truck é pra vender lanche, hambúrguer até R$ 20. Mais que isso a pessoa come na lanchonete, com ar-condicionado”, diz Letícia Navas, sócia de Queiroz.
Situação parecida com a do Los Ogros aconteceu com o ThaiThai, food truckespecializado em comida tailandesa, que está há dois anos vendendo comida nas ruas. Para conseguir ter sucesso no negócio, o empresário Fávio Luís Damião resolveu reduzir o cardápio. A equipe de funcionários agora prepara apenas três opções de pratos e o custo máximo é de R$27.
“Não é vantajoso manter cardápios extensos. A proposta do truck é vender comida de restaurante a um preço justo. Isso já é consolidado em outros lugares do mundo”, analisa o empresário.
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