Em janeiro, o percentual de supermercadistas do Estado de São Paulo pessimistas com o momento atual e futuro da economia alcançou 72%, segundo dados da pesquisa PCS/Apas (Pesquisa de Confiança dos Supermercados do Estado de São Paulo). É o pior índice desde que o levantamento começou a ser realizado, em 2011. A taxa também superou o mês de setembro de 2015, quando atingiu 70%.
Nesta edição da pesquisa, todos os indicadores registraram piora em relação aos levantamentos anteriores: PIB, inflação, emprego, vendas, entre outros. Para Rodrigo Mariano, gerente de economia e pesquisa da Apas, o nível atual em relação à atividade econômica registrou 0%. "Ou seja, nenhum empresário acredita em recuperação em curto prazo. Esse resultado reflete o momento econômico e político vivenciado pelo País", afirma ele.
Ele explica que essa realidade se reflete no baixo dinamismo das vendas do setor supermercadista. Apesar de ser um dos últimos setores afetados pela crise, ele tem sofrido a queda nas vendas de forma maneira expressiva. “Os supermercados têm sofrido com a queda na frequência dos consumidores às lojas, mesmo sendo um setor considerado de primeira necessidade”, explica.
Com relação à taxa de inflação, apenas 3,2% dos empresários têm a percepção de que a inflação será reduzida em curto prazo. Quanto ao momento atual, 75,1% dos empresários estão pessimistas e apenas 5,6%, otimistas. Já no que diz respeito à economia futura, 68,7% se mostraram pessimistas e apenas 4,5% continuam acreditando numa melhora.
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