O ano de 2015 foi um período de forte retração econômica para o Brasil, com queda do PIB estimada em 3,71% pelo mercado financeiro, desvalorização do real, além do aumento da inflação, juros e do desemprego. Entre mortos e feridos, muitos negócios conseguiram sobreviver, mas, infelizmente, alguns tiveram de fechar as portas.
Diante desse cenário, há um segmento que se destacou e foi na contramão da economia em 2015. Refiro-me ao setor de alimentos, principalmente o de produtos saudáveis, cujo crescimento vem se firmando ano a ano. Para se ter uma ideia, o setor movimentou R$ 80 bilhões no ano passado e deve movimentar R$ 108,5 bilhões até 2019, segundo projeções da Euromonitor International.
Os expressivos números mostram que, apesar da economia sofrer danos, o mercado de saudabilidade continua expandindo e provando que está acima de qualquer crise econômica. Percebo que o consumidor brasileiro está cada vez mais consciente sobre a importância da alimentação para a saúde e que não está disposto a abrir mão deste novo estilo de vida.
Em 2016, certamente, o aumento expressivo do consumo continuará, uma vez que o segmento ainda não alcançou, nem de longe, todo o seu potencial de crescimento. Oportunidade, aliás, que desperta o interesse dos empreendedores, resultado assim na abertura de novos pontos de vendas, gerando a expansão dos negócios. Esse acirramento da concorrência é um fator preponderante para o fortalecimento do mercado, pois estimula a evolução e qualificação constantes dos “players” do setor. Embora o cenário seja extremamente atrativo, é imprescindível estudar permanentemente o comportamento do consumidor e sempre ter um mente que ele está cada vez mais exigente e informado.
Acredito que o empreendedor do mercado de saudabilidade deve se manter antenado e com foco na inovação. Em um ambiente tão competitivo como é o mundo dos negócios, criatividade, resiliência e jogo de cintura são habilidades importantes para quem deseja vencer.
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