Diante do cenário econômico desfavorável, os microempresários de Jaú buscam saídas para melhorar suas finanças. Para alavancar as vendas e atrair novos consumidores, a sugestão é investir no bom atendimento e conceder descontos, desde que não excedam o orçamento da empresa.
Colocar os gastos na ponta do lápis é a primeira coisa a ser feita em cenário de crises. A afirmação é do economista e docente das Faculdades Integradas de Jaú Paulo Fernando do Nascimento Afonso. “Uma loja limpa e precificada e um bom atendimento são os caminhos para sair da crise, além da atenção aos custos. Veja quanto sua loja vende por mês e quais são seus gastos com folha de pagamento, telefone, água e luz para definir em qual campo você pode economizar”, comenta.
A medida mais simples para não ocorrer desarranjos no fluxo de caixa é comprar apenas o que está efetivamente vendendo no estabelecimento – evitando o acúmulo de mercadoria no estoque, uma vez que é possível ocorrerem perdas maiores de dinheiro com produtos vencidos antes da venda.
Embora a prática de desconto seja uma maneira de atrair novos consumidores, a atividade deve ser feita com cautela. “O preço do pequeno varejo vai estar sempre acima do grande, por isso, é possível que o microempresário dê descontos aos seus clientes, desde que isso não o prejudique”, salienta o economista.
O proprietário do Supermercado Geroma, de Jaú, Geraldo Gilberto Cabrioli, 54 anos, comenta que suas vendas caíram 30% desde o início do ano por causa da crise econômica. Para reverter a situação, ele aposta em ofertas durante a semana e, principalmente, no fim do mês. “São feitas ofertas de carnes bovinas, verduras e frangos. Com isso, conseguimos atrair mais clientes”, salienta. Dependendo da mercadoria os descontos podem chegar de 20% a 25%.
Economia
O gerente do estabelecimento Lorenzini Plásticos, Eron Maximiliano Lorenzini, 40 anos, notou a diminuição das vendas na loja desde 2013. Para sair do impasse provocado pela crise, ele busca negociar seus preços de acordo com o ofertado pela concorrência, ocasionando descontos para o consumidor final. “Fazemos pesquisas de mercado e acabamos abaixando os preços para atender nossos clientes, com isso, encurtamos o lucro”, conclui.
Diminuição de custos e aposta na qualidade do produto são as medidas adotadas pelo comerciante Antônio Valdir Rogério, 49 anos. Na Panificadora e Confeitaria Pão de Mel, ele não consegue oferecer descontos diante do cenário econômico, mas diminuiu o número de funcionários, por exemplo, para conseguir se manter no segmento.
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