Os supermercados do Rio Grande do Sul estimam que as vendas para o Natal e Ano Novo devem aumentar 8,89% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso representa crescimento real de 1,25%, apesar dos preços terem aumentado cerca de 8,5% em relação aos praticados no ano passado. Os números constam em um estudo encomendado pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).
Para a Agas, o endividamento dos consumidores fará com que muita gente opte por presentes mais baratos e pagamentos à vista. Os pagamentos em dinheiro ou com cartão de débito foram a opção de dois de cada três entrevistados, índice que não era alcançado desde 2012.
O levantamento encomendado pela associação de supermercados aponta que 46% dos consumidores pretendem gastar menos neste fim de ano. Ao mesmo tempo, o setor supermercadista prevê aumento de sua participação (de 49,9% para 52,2%) no total gasto pelos gaúchos com as festas de final de ano.
De acordo com a pesquisa, o gasto médio com produtos como comida, decoração e bebidas para as festas deve aumentar de R$ 315,22 para R$ 345,09. O presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, acredita que por conta do cenário econômico muita gente optará por ficar em casa, favorecendo as compras feitas nos supermercados.
"Com o cenário de incerteza econômica, mais pessoas vão comemorar em casa com as famílias o Réveillon, o que alavancará as vendas do setor", projeta.
O levantamento apontou ainda que 87,5% dos gaúchos pretendem comprar presentes de Natal, sendo que as crianças devem ser as maiores beneficiadas. Tendo em vista a possibilidade de gastos menores, de acordo com a entidade, os supermercados têm aumentado o estoque com brinquedos mais baratos.
Apesar da concorrência com as compras realizadas pela internet, shoppings, lojas e em camelôs, o presidente da entidade acredita que muita gente vai recorrer aos supermercados para as compras de última hora.
Entre os itens mais adquiridos como presente, os brinquedos respondem por 40,8% das vendas, seguido pelas bebidas, com 40%. No entanto, a associação do supermercados admite que os preços nas gôndolas devem estar 8,5% maiores que os do ano passado. O maior aumento foi na carne bovina, que teve incremento de 12,5% no preço. Embalados pela alta do dólar os brinquedos deve estar 11% mais caros.
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