Diariamente milhares de toneladas de pães são produzidas de norte a sul do país, promovendo abastecimento da população, geração de renda para a Economia e o envolvimento das chamadas “empresas de apoio à panificação”. Por sua vez, elas estão presentes no processo fornecendo o suporte necessário para a saída de toda a produção e tornam viáveis as vendas e o alcance do consumidor. E é exatamente assim que, em Minas e em todo o Brasil, uma marca se faz presente todos os dias oferecendo o suporte necessário para o segmento. Desde 1983, a Casa Sol trabalha para fornecer às padarias e demais empresas do food service embalagens para seus produtos e um atendimento personalizado para cada demanda.
Tendo por definição ser uma produtora de sacarias de papel para o Setor, a empresa iniciou suas atividades antes mesmo que houvesse a utilização de embalagens específicas nas padarias: “Em 1982 meu pai montou ao lado da Belopães a empresa Belopapéis, uma revendedora de papel; nessa época não tinha sacola de pães, se embalava as bisnagas na resma e no barbante”, relembra Alexandre Bastos, filho do Sr. Edson Gonçalves de Sales, fundador da empresa. “Meu pai montou essa distribuidora, também aproveitando a influência dele junto aos amigos no sindicato, que ele já participava, depois fundou a Associação Mineira da Panificação, e aprendeu lá com Danilo Savassi, Giovani Guerra, e os antigos da panificação”, conta.
De lá para cá, a empresa cresceu, viveu momentos difíceis, contou com o apoio necessário e construiu uma equipe altamente engajada, tornando-se uma das líderes de mercado. Com atendimento em todo o país e um prazo recorde na entrega dos pedidos, a empresa produz hoje cerca de 252.000 milheiros por ano, o que significa 252.000.000 milhões de unidades, e isso operando com 70 % da capacidade instalada. Porém, para chegar a este patamar foi preciso um dia se reerguer das águas e voltar à ativa.
Família Gonçalves Bastos e a arte da superação
Belo Horizonte, janeiro de 1983. Belo Horizonte sofre a maior enchente já registrada do Rio Arrudas em toda sua história. Além das centenas de famílias desabrigadas, há também as perdas de toda população do entorno e os prejuízos causados pela invasão da água. “A Belopapéis havia crescido, e em 1983 mudado para a rua Espírito Santo com a Santos Dumont, era uma loja grande, mas aí teve a tragédia e ela perde absolutamente tudo, e então decide começar do zero”, declara Alexandre.
Baixam-se as portas, vai Belopapéis e começa a Casa Sol, trazendo no nome a referência da superação à chuva e também dos prejuízos que ela causou: “Uma frase que nos acompanha muito é que por trás de todo problema tem sempre uma necessidade. Meu pai conseguiu, em meio a essa turbulência toda, receber duas máquinas de um amigo de Brasília e fazer saquinhos de papel. E foi assim, se reerguendo das águas, que ela se tornou líder em Minas na fabricação de sacos de papel”.
Entregando qualidade, tempo de entrega e bom preço também
Na década de 1990 a Casa Sol vive um de seus momentos mais difíceis. “A empresa perde a liderança de mercado, porque era uma embalagem muito boa, porém muito cara. E então o Márcio chega com a filosofia dele de cálculo operacional, margem de contribuição com custos e nos ajuda a enxergar um caminho para a Casa Sol ser mais competitiva. E de lá para cá, com a ajuda do Márcio e os ensinamentos dele, a gente aprendeu e foi trabalhando. A Casa Sol conseguiu se recuperar e com a influência do Márcio passou de três máquinas de saquinho de papel para 13”, declara Alexandre.
Reposicionando os preços e alcançando o mercado de forma mais competitiva, a Casa Sol conseguiu sair de um cenário crítico e provar a força de uma gestão familiar estruturada e também do apoio certo e do engajamento da equipe: “Começamos com uma semente plantada lá atrás, por Márcio Rodrigues, e hoje temos muito que agradecer a ele, porque aprendemos a precificar corretamente e a recuperar mercado, o que nos ajudou bastante. Teve também a participação de Giovani Mendonça, da ABIP, com a gestão interna”.
Assim como na Bagueteira Francesa e na Belopães, o primor pelo atendimento continua presente: “A panificação é a essência da família, e a cultura de balcão hoje está presente na Casa Sol quando levamos essa filosofia de fazer a venda crescer um barão por dia e, com sempre, atender bem, algo que o Sr. Zequita ensinou a todos nós”.
Mais que embalagens, entregando conteúdo em cada unidade
Atualmente, a Casa Sol tornou-se mais do que uma produtora de embalagens. Indo além, ela vende experiências novas a cada temporada. Trazendo conteúdo e informação, a empresa investiu na apresentação de seus produtos e conquistou o público. De acordo com Alexandre, a responsável por toda a inovação no design e criatividade é Rita de Cássia Gonçalves: “Minha irmã chegou com o conceito de embalagens modernas, com conteúdo, embalagens leves e com muita comunicação. Chegou motivada pela paixão que tem por pão. Ela adora a panificação, estuda muito, e tudo isso a gente deve a ela”, afirma Alexandre.
“Já a inovação tecnológica interna a gente deve ao Sr. Edson Sales, que sempre buscou tecnologias e ficou atento à vanguarda trazendo o melhor para a empresa, junto com o Amarildo, que foi o nosso primeiro funcionário. Ter uma equipe engajada fez toda a diferença”.
Logística de distribuição: alcançando o Brasil
Hoje a Casa Sol atua em todo o território nacional e, segundo Alexandre, este era um nível já esperado: “Foi algo que também começou com o Márcio. A gente queria retomar mercado, e a Casa Sol veio em 2008 com um planejamento feito por nós mesmos, gradual. Passamos a praticar uma gerência participativa, com os números abertos, caixa aberto, transparência, fomos planejamento esse crescimento com toda a equipe, os operadores focados em fazer a Casa Sol crescer novamente vindo de 2008 até agora”.
O crescimento então repercutiu em todas as áreas, sendo sentido também no crescimento do quadro de funcionários: “Começou com apenas uma pessoa, que está com a gente até hoje, nosso Leo, professor Pardal. Já na década de 1980 ela tinha 40, e agora estamos com 86 pessoas na equipe. O mais interessante é que podemos dizer que hoje, com o dobro dos funcionários e também com o trabalho de gestão feito por Márcio e Giovani, ela fatura mais do que antes, tendo um ganho maior por funcionário do que antes, quando estava com apenas 40 no total”.
Atualmente, a Casa Sol envia hoje para todo o país, conseguindo receber qualquer pedido e entregar com um prazo campeão de 72 horas, sendo esse um prazo da transportadora. “Isso é fruto do engajamento da equipe e também da parceria com meu sócio. Não posso deixar de ressaltar Ricardo Luiz Paixão, da distribuidora Eu Amo Pão, recém criada. É uma empresa nova, e nossa futura franquia "Eu Amo Pão" vai ser espalhada por todo o Brasil. O Ricardo aprendeu a trabalhar com meu avô, o Sr Zequita, com quem se identificou no atender bem”,conta Alexandre.
Momento atual, planejamento futuro e alcance internacional
Diante de um mercado desaquecido, para Alexandre o momento não é somente de colheita de frutos, e sim de muito trabalho ainda pela frente. “A Casa Sol sempre foi motivada por desafios, e as padarias estão consumindo menos pães de sal, mas seguimos esperando que o momento de colheita aconteça no Brasil”.
O plano é que a partir de 2020, 10% do faturamento anual seja com a exportação. Esse é um momento desafiador, devido a atual conjetura e pelo momento da panificação, com queda do consumo, e até por isso mesmo a exportação chega para ajudar, visto que o mercado interno está complicado”. Ainda de acordo com Alexandre o objetivo é exportar para a América Latina, primeiro o Chile e Paraguai. E para isso os primeiros passos já foram dados.
Compromisso com meio ambiente e parcerias, uma marca registrada da Casa Sol
Uma fábrica inteiramente voltada para a produção de sacarias de papel, esse é o negócio e compromisso da empresa. “É filosofia do meu pai, ele sempre foi contra o plástico, e nós não o usamos de jeito nenhum. Ofertas chegam, mas reiteramos que o nosso negócio é sacaria de papel para panificação. Temos como foco o produto sacaria, como substrato o papel e, como mercado, a panificação. O plástico está totalmente fora de cogitação, e inclusive porque estamos com os olhos no meio ambiente.
Dando continuidade a cultura de balcão de padaria, que é resolver na loja, na hora e olho no olho, a empresa segue acreditando nas parcerias para seguir em frente: “Estamos sempre juntos com o cliente, com os fornecedores e com todos os envolvidos no processo. Hoje nossa fábrica de papel está integrada com a empresa, e temos também a integração com os fornecedores de papel, tinta, cola, e caixa”.
“Também mantemos o relacionamento mais próximo possível com as transportadoras , padarias e entidades, como a Márcio Rodrigues Consultoria. E assim a gente faz funcionar a nossa rede de contatos nas padarias e também na Casa Sol”, afirma Alexandre.
Após construir um verdadeiro legado de lutas e conquistas na panificação mineira e também no Brasil, a família Gonçalves Bastos há gerações segue registrando em Minas sua marca de qualidade e dedicação, sendo um expoente das lutas, trabalhos e vitórias já alcançados e que ainda virão para o Setor.
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