De Micro Empresa (ME), para Empresa de Pequeno Porte (EPP). Este é atualmente o objetivo de muitos negócios no Brasil e, para aqueles que já possuem mais tempo de mercado, uma nova realidade. De norte a sul do país, todos os anos novas instituições alcançam esse novo patamar e comprovam que, com muito trabalho e por meio da aplicação do método certo é possível crescer de forma segura e conquistar espaço na Economia local.
A exemplo disso, a Panificadora Nossa Senhora de Fátima, localizada no Macapá e fundada em 2002, é hoje umas das empresas premiadas pelo Sebrae Nacional. Vencedora no ano de 2013 do Prêmio MPE Brasil, a panificadora é hoje um dos destaques da região norte do país. Com estrutura que impressiona desde a parte externa, a empresa conta hoje com quatro andares, onde funcionam garagem e depósitos, salão de atendimento e vendas, escritório, produção, casa de máquinas e um salão de eventos com capacidade para 180 pessoas, e isso com escada e elevador.
Gerida pelo casal Alice Caxias e Joaquim Gonçalves Elias que, a princípio, não tinham ainda um conhecimento técnico sobre o Setor, a empresa começou contando apenas com quatro funcionários na produção e dois no atendimento. Porém, com dois meses de trabalho, o casal já empregava 16 colaboradores e, hoje, já são ao todo 52 na equipe. Administradora com foco no atendimento, Alice fala sobre o processo de crescimento e também sobre o caminho para evoluir com segurança, sem fórmulas mágicas ou riscos desnecessários: “Quando percebemos a necessidade da evolução, procuramos conhecimento para poder crescer de forma certa”.
Através de um projeto de panificação desenvolvido pelo SEBRAE-AP, Alice conta que conheceu o trabalho do Propan e teve acesso às técnicas, procedimentos e diretrizes da Metodologia presente em todos os Estados do Brasil. “Recebemos a consultoria em todas as áreas disponíveis, sendo o administrativo, o financeiro e também a parte operacional”, afirma.
Certa dos resultados obtidos em sua empresa, para a empreendedora a aplicação da Metodologia foi um marco e, ao mesmo tempo, revelou dentro dela algo que já existia: “Foi como um divisor de águas mesmo, a partir do Propan passei a ser uma empresária de verdade e conheci realmente a minha empresa”.
Administradora com foco no atendimento, Alice fala sobre a importância de evoluir para uma Empresa de Pequeno Porte (EPP) e ganhar visibilidade de mercado: “Ganhar o prêmio abriu muitas portas, pois a partir desse momento muitos conheceram nossa história e ganhamos reconhecimento”, declara. E foi exatamente essa história que proporcionou as bases para chegar até aqui, e isso com a superação de diversos desafios.
Incêndio, superação e exportação de produtos regionalizados para a Guiana Francesa Além dos desafios diários da panificação no país, o casal de empresários precisou passar também por um capítulo difícil na história da panificadora: um incêndio com perdas materiais significativas. “Inicialmente, fiquei arrasada, mas não desisto facilmente e logo arregaçamos as mangas”, conta ela ao falar sobre esse episódio que significou um recomeço para a empresa.
Seguindo sua linha de crescimento, em dezembro de 2015 foi possível inaugurar seu prédio próprio e, assim, tornar-se mais ampla e confortável. O investimento contou com o financiamento do BASA e com o apoio do SEBRAE. Já para os próximos passos, Alice sabe bem qual rumo seguir, e isso com um alcance internacional.
“Estamos trabalhando no desenvolvimento da segurança alimentar para conseguir realizar a exportação de produtos regionalizados para a Guiana Francesa, e isso aproveitando as oportunidades que a abertura da Ponte Binacional trará ao nosso estado”, conta Alice. Aproveitando o novo acordo entre o Brasil e a França, que permitirá a comercialização via Estado do Amapá, ela já inclui a panificadora na rota de um crescimento cada vez mais sem fronteiras.
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