Atualmente, o Brasil é o país que mais empreende no BRICS  (grupo formado por China, Rússia, Índia e África do Sul), contabilizando cerca de 84% dos empregos gerados pelas micro e pequenas empresas, segundo o Sebrae Nacional. Neste cenário, um dos principais setores da economia é a Alimentação, que dos anos 2.000 para cá se ramificou nos mais diferentes modelos, que vão desde o tradicional mercado passado por várias gerações até o formato mais moderno, com compras delivery, food services e compras em plataformas online.

    Mantidas com garra por homens e mulheres que fazem de um sonho a fonte do ganha-pão de inúmeras famílias diariamente, empresas como padarias, confeitarias, hortifrutis, açougues, restaurantes e outros se veem hoje diante de desafios cada vez mais específicos. Em um mercado que muda constantemente e precisa atrair consumidores cada vez mais exigentes, a demanda por modernização é cada vez maior. Quem não se adaptar às novas tendências corre o risco de ficar para trás e ser engolido pela falta de planejamento.

Tendo em vista essa crescente demanda e a necessidade de ações direcionadas à essa parcela da economia, que é hoje responsável por fabricar e comercializar alimentos para grande parte da população brasileira, a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/MG) criaram em parceria o Projeto Varejo Alimentar Competitivo.

   Já em andamento, a iniciativa tem o objetivo de levar ferramentas, processos, estratégias e modelos de atuação aos pequenos negócios espalhados pelo país, tudo isso de forma eficiente, segura e com a assertividade das empresas que têm propriedade no assunto. Dentre elas, se destaca o Instituto Tecnológico de Panificação e Confeitaria (ITPC), que integra o Projeto como empresa executora e participa da iniciativa. Para Márcio Rodrigues, presidente do Instituto, este momento é crucial para que as instituições se reinventem, pois parte das empresas analisadas já apresentaram perda do faturamento. “Participamos da etapa de orientação tecnológica levando informações e mapeando os processos críticos para melhorias”, declarou Márcio.

   Ao todo, mais de 1.000 empresas em 65 cidades foram beneficiadas até o momento em diversas regiões do Estado de Minas Gerais. Atualmente, os trabalhos estão na etapa dos Diagnósticos, na qual os empreendimentos recebem a visita de consultores especializados nas áreas estratégicas de cada negócio, tais como produtividade, segurança alimentar, processos produtivos e processo mercadológico. Nesta fase, são identificados os pontos de melhoria, necessidades pontuais, falhas no processo, oportunidades de melhor aproveitamento, ajustes de contas, adaptação às demandas atuais do setor e, claro, quais os pontos fortes que, em conjunto, formam o diferencial de cada empresa da região alcançada. E é neste momento em que a participação do ITPC se mostra mais uma vez de vital importância. “Estamos contribuindo na busca por ferramentas e estratégias que fortaleçam a competitividade das empresas”, reiterou o presidente do Instituto.

   Não obstante, mais que fornecer um quadro individual de cada negócio, o Projeto expõe com precisão um verdadeiro panorama de cada região, no qual os pontos-chave para o desenvolvimento serão mapeados e devidamente trabalhados. Assim como um termômetro que mede os índices de cada localidade, a iniciativa tem o respaldo das entidades envolvidas, que trabalham para levar conhecimento e tecnologia através de treinamentos e consultorias específicas, tudo isso com o objetivo de garantir competitividade ao segmento do Varejo Alimentar em Minas.

ITPC foi uma das empresas executoras do projeto no Estado

   Com mais de 11 mil empresas atendidas a nível nacional, o ITPC possui sólida experiência em projetos como o Varejo Alimentar Competitivo e já atuou de forma substancial em missões como essa. Por meio de um convênio com o Sebrae Nacional e a ABIP, em 2015, por exemplo, o Instituto realizou um Mapeamento da Qualidade do Pão Francês, de acordo com a norma ABNT NBR 16170. Já em 2016 (na mesma parceria), o Instituto promoveu o Mapeamento da Produtividade no Setor de Alimentação, identificando o nível de execução de processos em diferentes setores em mais de 850 empresas de panificação, comparando-se com níveis ideais.

   Nesta ação junto ao varejo alimentar, movimentando um grande quadro de especialistas, consultores, gestores, analistas e demais profissionais com habilidades em diferentes áreas de negócio, o ITPC alcançou um total de 410 empresas em 65 cidades nas seguintes regiões do Estado: Central, Rio Doce, Jequitinhonha e Sul de Minas. Todos os esforços foram concentrados de forma que, como empresa executora, o ITPC contribua com capital humano especializado, ferramentas tecnológicas e demais recursos de alta relevância para o projeto.

   Lançando um olhar para o futuro do empreendedor no Brasil, onde o crescimento volta à realidade dos brasileiros como uma meta segura e totalmente possível, Márcio Rodrigues aponta a nova premissa para o desenvolvimento: “As empresas que estão crescendo mesmo neste cenário desafiador são as mais inovadoras e competentes nos processos importantes para o cliente atual”, finaliza ele, indicando que o futuro do varejo brasileiro já começou para quem tem consciência da importância do projeto e do valor da transformação que ele já representa para todo país.