Duas tendências marcam os hábitos mais recentes no consumo mundial de café: O apreço por cafés de alta qualidade e as chamadas monodoses (cápsulas). Mesmo no Brasil, esses costumes se firmam e representam segmentos com fortes altas nas parcelas de consumo, principalmente entre o público jovem. Hoje, a faixa etária entre 16 e 25 anos é a que mais se interessa pela bebida, especialmente nas grandes metrópoles, segundo pesquisa da Euromonitor International, encomendada pela Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), que analisou as tendências de consumo para a bebida no período de 2014 a 2019.
Outro dado da pesquisa é que o brasileiro está cada vez mais exigente – 44% estariam dispostos ou muito dispostos a pagar um valor superior por um café de excelente qualidade e por isso o setor aposta na popularização dos chamados cafés gourmet, superior e/ou especiais. “O conhecimento dos consumidores aumentou muito. Se antes era pouco comum saber reconhecer os tipos da bebida, hoje as pessoas já sabem que o café, assim como o vinho, tem tipos e particularidades que influenciam diretamente no seu sabor, aroma e preço” explica o diretor-executivo da Abic, Nathan Herszkowicz.
Diante disso, as projeções da Abic são de que o consumo de cápsulas de café deve aumentar mais de 100% até 2019. As diversas variantes das cápsulas despertaram a curiosidade dos consumidores, que buscam praticidade e conveniência, sem perder a qualidade. O investimento das indústrias em máquinas domésticas de fazer café também tem contribuído para o potencial fortalecimento desse mercado. Hoje essa realidade também é apresentada pelos produtores, agregando valor ao café produzido.
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