Novos modelos de venda e entrega de mercadorias, adquiridas principalmente via plataformas digitais, estão pouco a pouco abocanhando parcelas expressivas do mercado de varejo, incluindo o de produtos de mercearia e perecíveis, tradicionalmente oferecidos por supermercados.
Além da evidente popularização do acesso à internet, e dos smartphones, três outros fatores ajudam a explicar esta mudança de comportamento, que deve continuar cada vez mais forte nos próximos anos:
- a "uberização" (adoção da economia compartilhada) como plataforma de negócios;
- a chegada das novas gerações (Y-Z) ao mercado consumidor; e
- o uso cada vez maior de meios de pagamento ditos "non-cash", tais como cartões de crédito e débito, e-wallets e moedas virtuais.
Cada vez mais comuns em diversos setores, a "uberização" dos modelos de negócios reflete uma tendência na qual empresas não possuem ativos e empregados diretos em tempo integral. A adoção da economia compartilhada tende a ser cada vez mais forte, e já é utilizada por gigantes do varejo como a americana WholeFoods, que recentemente fez parceria com a instacart.com para usar sua plataforma, possibilitando que seus clientes possam ter concierges (que realizam as compras) e entregadores baseados nos princípios da economia compartilhada para chegarem com os produtos frescos até seus clientes.
Segundo pesquisa da Nielsen internacional, aproximadamente 30% das pessoas das novas gerações já estão realizando compras on line de supermercado, sendo que cerca de 20% delas possuem algum tipo de assinatura automática de reabastecimento de itens de consumo cotidiano. Adicionalmente, parte destes clientes já compra via supermercados virtuais.
Por outro lado, a integração de meios de pagamento com apps e e-wallets tem tornado mais fácil e conveniente a realização dessas compras (Global Payments Report-2020). Além disso, opções de pagamento do tipo "one-click" permitem maior agilidade nas compras realizadas principalmente via celulares.
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