Este ano deve trazer novo fôlego para os empresários do setor de serviços e varejo. De acordo com pesquisa do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 27,6% pretendem ampliar o negócio e 20,9% lançar novos produtos ou serviços em 2017.
A pesquisa mostra que 58,4% dos entrevistados estão animados para concretizar seus projetos e 27,4% estão sem expectativas, positivas ou negativas. Há ainda 8,8% que se dizem desanimados com tudo.
“Mesmo que o Brasil ainda esteja no meio de uma crise econômica nesse começo de 2017, uma quantidade considerável de empresários está relativamente confiante com relação aos seus negócios. Isso é explicável pelo fato de que muitos deles acreditam que uma gestão eficiente de seu próprio negócio, com ajuste de estoques e do portfólio de produtos, além de criatividade, pode ajudá-los a enfrentar e driblar as dificuldades impostas pelo fraco ambiente econômico”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
Questionados sobre suas intenções para este novo ano, 17% afirmaram que comprarão equipamentos, 9,2% pretendem fazer aplicações periódicas de investimentos e 5% pretendem financiar um automóvel, seja carro ou moto.
Para 58% dos empresários de varejo e serviços, 2017 será um ano melhor na economia. Apenas 8,4% acreditam que a conjuntura econômica ficará pior e, entre estes, 39,7% afirmam que uma das principais consequências será a dificuldade em economizar e fazer reserva financeira ou capital de giro.
Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, apesar do otimismo, a recuperação será lenta. “Isso, no entanto, não significa que ninguém possa crescer. Há empresas que mesmo na crise conseguem avançar. Isso depende fundamentalmente do setor, mas também de atitudes que podem estar ao alcance do empresário. O momento exige que todas as decisões tomadas no âmbito da empresa sejam muito informadas, com a devida avaliação dos riscos envolvidos”, afirmou.
2016: um ano difícil
O otimismo vem depois de um ano difícil. Segundo a pesquisa, 62,3% dos empresários de varejo e serviços acreditam que as condições gerais da economia pioraram na comparação com 2015.
Quanto à situação financeira da própria empresa, 48,3% acha que piorou e 14,7% afirmam que a situação melhorou. Entre estes, os principais motivos citados foram o aumento do volume de vendas (48,8%) e o aumento da carteira de clientes (37,2%).
Já entre as empresas que afirmam que a situação da empresa piorou, os principais motivos foram os resultados ruins das vendas (63,5%) e o aumento dos custos, que resultaram em diminuição da margem de lucro para não perder vendas (29,0%).
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