Com a proximidade do final de ano, o ambiente das padarias muda. Além do visual decorado das lojas, o mix cresce com produtos de revenda e receitas exclusivas para o período de festas. Essa mudança na rotina envolve todo o negócio, desde o setor administrativo, passando pela produção e o atendimento. Os bons resultados comerciais a cada ano motivam o surgimento de novas ideias e itens para encantar ainda mais o consumidor.
“As padarias têm buscado facilitar a vida do consumidor tirando o trabalho de preparar toda a ceia neste momento tão especial de final de ano, confraternizações com a família e festas. As padarias têm se organizado e oferecido várias opções para públicos diferenciados. Tem algumas regiões que isso pode significar um incremento de 15% no faturamento das padarias”, destaca o presidente do Instituto Tecnológico da Alimentação, Panificação e Confeitaria (ITPC), Márcio Rodrigues.
A estrutura das panificadoras e seu amplo mix de produtos e serviços é um diferencial deste mercado para o período festivo. Além dos panetones, rabanadas e produtos panificados, as padarias devem aproveitar sua estrutura e oferecer outras opções de pratos. Segundo Rodrigues, este ano a grande novidade deve ser o oferecimento de mesas prontas de ceia com tudo o que o cliente pode desejar. “Algumas empresas promovem dias de degustação para os clientes conhecerem o cardápio pronto muito antes, com quase um mês de antecedência. Isso tem trazido bons resultados e algumas empresas têm ampliado esse tipo de trabalho.Essa estratégia tem significado melhores faturamentos”, destaca.
Apesar do movimento que as padarias têm feito neste período do ano, o presidente do ITPC destaca a importância de se planejar para alcançar melhores resultados e minimizar prejuízos. “A padaria precisa começar a preparar seu cerca de dois meses antes do final de ano. É preciso se preparar na relação com os fornecedores, organizar em termos de abastecimento, treinar funcionários, preparar o ambiente de loja, fazer a apresentação para o consumidor. Quem não se organiza e deixa tudo pra última hora pode não conseguir ser tão competitivo. É mais complicado conseguir melhores preços de matéria-prima, sobrecarrega o setor de produção. Não dá pra fazer as coisas de qualquer jeito”, analisa.
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