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Cash & carry terminará este ano com alta de 14%
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Cash & carry terminará este ano com alta de 14%
Projeção foi feita pela Abaas, associação que reúne as empresas do segmento, em evento realizado hoje
por Supermercado Moderno
14/12/2016

Os atacarejos deverão fechar este ano com crescimento de 14% em volume em relação a 2015, segundo Ricardo Roldão, presidente da Abaas(Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço) e da rede de cash & carry Roldão. A afirmação foi feita durante o workshop “Desafios e Oportunidades do segmento de autosserviço”, que acontece hoje (22/11) e é promovido pela entidade. O evento conta com a presença de empresas que operam o formato, como Makro, Spani, Atacadão, Assai, entre outros.

No primeiro semestre deste ano, o cash & carry apresentou alta de 20% em volume, de acordo com a Kantar Worldpanel. Com isso, já representa 9,6% do consumo e perde apenas para os supermercados. Para 2017, as perspectivas do canal são de manter o crescimento na casa de dois dígitos. “Para isso, precisamos nos unir à indústria para atender melhor os diferentes públicos que atendemos”, afirma o presidente da entidade. Ele acrescenta que é necessário organizar a cadeia de abastecimento, solucionar gargalos e vencer desafios. “Queremos uma relação de ganha-ganha e vamos trabalhar para isso. Esse é justamente o papel da Abaas”.

Para Sergio Alvim, diretor executivo de SM, que participou do evento como mediador, a aproximação com a indústria é muito importante para o atacado de autosserviço manter sua trajetória de crescimento. “Melhorando a relação, o canal pode ganhar muito mais”, reforça.

Desafios

Entre os principais desafios do formato, segundo Roldão, estão melhoria do abastecimento, para reduzir ruptura; e sortimento mais assertivo de produtos, marcas e embalagens específicos para os comerciantes. Ele lembra que algumas indústrias já estão começando a entender as necessidades do canal e procurando trabalhar mais próximas das redes do setor. “No Brasil, há nove milhões de micro e pequenos empreendedores – muitos deles supermercados –, que dependem de nós, pois não têm contato direto com o fabricante”, enfatiza Roldão.

Diferentes comportamentos

Segundo o presidente da Abaas, o pequeno varejista atendido pelo cash & carry está indo menos vezes às lojas. “Ele tem comprado menor quantidade para preservar o fluxo de caixa”, explica. Já o consumidor final frequenta o atacado de autosserviço em busca de preços baixos. “Precisamos melhorar o atendimento a esse público”, diz Roldão.

Ele lembra que algumas indústrias já estão disponibilizando marcas e versões premium para o canal, em embalagens maiores. “Isso pode ajudar a promover o trade up no setor. Como nossos preços ficam em torno de 13% abaixo dos hipermercados, por exemplo, a inclusão de itens sofisticados pode atrair mais o público”, afirma. “Essa é uma evolução, mas não podemos perder a essência da proposta do cash & carry de operar com custos menores.”

A AbRas conta com nove associados que movimentam R$ 80 bilhões anualmente. A partir de agora, a ideia é abrir a participação para empresas cuja maior parcela do faturamento venha do cash & carry.

 
 
 
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