As compras de abastecimento aumentaram nos primeiros seis meses deste ano, segundo dados da Nielsen. A participação no total de “tipos de compras” realizadas pelo shopper subiu para 43,5%, contra 42,9% no primeiro semestre em relação a igual período de 2015.
Isso se explica pela redução do poder de compra do brasileiro. Por conta disso, a frequência de idas ao cash & carry, formato utilizado para compras mais robustas, aumentou 10% de janeiro a junho.
As compras de reposição regular também tiveram ligeira alta. Saíram de uma participação de 20% no primeiro trimestre de 2015 para 21,5% em igual período deste ano. “A expectativa para 2016 continua sendo de retração no consumo, mas os lares começam a estabilizar suas compras e entender cada vez mais como se comportar na crise”, afirma Mariana Morais, analista de mercado da Nielsen.
Entre as mudanças no comportamento, aponta a especialista, está a maior racionalização nas compras. “Os consumidores praticamente não saem dos produtos que constam da sua lista de supermercado”, explica. “Constatamos, em troca de experiência com outros países, que grandes mudanças econômicas impactam na forma de a população consumir”, completa Mariana.
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