O e-commerce já integra a rotina de consumo do brasileiro. Os supermercados online ainda aproveitam muito mal essa oportunidade. Os varejistas, de maneira geral, ainda insistem na entrega via Centro de Distribuição e mesmo os que entregam através das lojas situadas mais próximas do pedido ainda não zelam pela agilidade. As empresas ainda estão vendendo batata do mesmo jeito que vendem uma geladeira e essa é uma lógica que precisa ser mudada. O food service dá um claro exemplo que precisa ser aplicado pelos supermercados.
Agilidade na Entrega
Um modelo que garante a rapidez na entrega ao consumidor tem dado muito certo para as redes de fast food. É o caso de empresas como China in Box e Gendai. "O app e o site são ferramentas para facilitar o pedido. A agilidade na entrega ainda vai depender da produção e da logística. O segredo é preparar as lojas para uma produção rápida (loja abastecida e equipe treinada e dimensionada) e equalizar a equipe de entrega à demanda", explica Carlos Sadaki, vice-presidente do Trendfoods, que reúne as marcas. Atualmente, o China in Box registra, em média, 300 mil acessos por mês com uma taxa de 70 mil pedidos em seu e-commerce. Já o Gendai possui 60 mil acessos/mês, com uma taxa de 300 pedidos/mês.
Meios de Entrega
Oferecer mais de uma opção de entrega pode ser uma boa alternativa para que o consumidor possa ter uma experiência de compra mais completa e satisfatória. No caso da rede de restaurantes delivery China House, que atualmente trabalha com duas formas de entrega, através da loja mais próxima e a retirada na loja. "Nós mantemos a agilidade na entrega através do CEP que é cadastrado no pedido. Quando o cliente realiza um pedido, ele automaticamente direciona, através do CEP, para a loja mais próxima de onde o pedido foi realizado. A partir do momento que o pedido é produzido, ele é emitido para o cliente que o solicitou, em média, 30 minutos depois. Além disso, existe também a possibilidade da retirada na loja que o cliente tem a opção de comprar através do aplicativo e depois de 10 a 15 minutos poder ir buscar", explica Jorge Torres, diretor de franquias da China House.
Investimento em Tecnologia
Segundo Elídio Biazini, proprietário e fundador da Dídio Pizza, a implementação de um sistema operacional para otimizar ainda mais o conceito delivery da rede fez toda a diferença na operação. "Nós aceleramos a cozinha e não os entregadores. Investimos em tecnologia, um sistema de pedidos que chega através de uma tela nas unidades, tanto na cozinha, como na área dos entregadores. Isso acelera a produção do pedido e faz com que os profissionais sejam mais rápidos, sem ter que lidar com papeis e comandas. Os entregadores também acompanham em tempo real o preparo das pizzas no sistema, que juntamente com o pedido, já informa o endereço de entrega. Tudo demora, em média 30 minutos". O projeto já rendeu para a rede um aumento de 3% no faturamento mensal. Atualmente, a rede já movimenta R$ 609.386,99 em vendas online e registra, em média, 2.165 pedidos por mês.
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