Os preços nos mercadinhos de vizinhança subiram menos que nossuper e hipermercados no primeiro trimestre de 2016 em relação a igual período de 2015. Os dados são de pesquisa da consultoria GfK, divulgada durante coletiva de imprensa no Enacab (Encontro Nacional da Cadeia de Abastecimento). O estudo contou com cerca de 400 lojas de até quatro checkouts.
Segundo os dados coletados pela consultoria, os preços nas unidades de proximidade subiram 11% no período, enquanto nos super e hipermercados a alta foi de 15%. Para se ter uma ideia, uma cesta composta por 35 itens básicos custava, no período da pesquisa, R$ 232,49 no pequeno varejo, contra R$ 233,81 nos super e hipermercados.
Marco Lima, diretor executivo da GfK, explica que essas lojas reduziram margens para ser mais competitivas. Além disso, osdistribuidores e atacadistastambém evitaram repasses de preços ao conseguir escalonar os aumentos da indústria. Outra vantagem foi o fato de esses canais de abastecimento terem conseguido negociar a compra de embalagens econômicas e repassá-las às pequenas lojas. Hoje, 75% do varejo de vizinhança se abastece com distribuidores e 35% em atacados de entrega.
Também contribuiu para ter preços menores o fato de esses varejistas terem buscado alternativas para comprar produtos mais baratos. Passaram a buscar com mais frequência produtos mais baratos no cash & carry. O atacarejo já é o quarto principal canal de abastecimento dessas lojas, citada por 26% dos entrevistados pela GfK.
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