Farinhas são ingredientes fundamentais para diversos tipos de pratos, e é por isso que existem tantas versões diferentes no mercado. No food service, esse produto pode facilitar o trabalho dos profissionais e, até mesmo, deixar os pratos diferenciados.
Pensando nisso, a Food Service News consultou as principais empresas de alimentação no mercado para mostrar o quanto esse ingrediente pode fazer a diferença nos estabelecimentos. Além disso, as farinhas influenciam o preço de vários produtos que consumimos diariamente e oferecemos aos clientes.
Potencial das farinhas
Empresas produtoras dessas farinhas notaram o grande potencial dos estabelecimentos de alimentação fora do lar. Como um produto considerado matéria-prima para vários pratos, sua procura costuma registrar bons números. De acordo com Luiz Fernando Pereira Santos, trade marketing da Nita Alimentos, a demanda de farinhas vai desde pequenos carrinhos de culinária de rua até os grandes restaurantes cinco estrelas. Em todos os casos, a farinha tem fundamental contribuição.
“Entendemos que esse segmento do mercado é o mais promissor para o nosso negócio. O mercado de atuação do food service é muito grande e altamente segmentado, estando cada vez mais presente na vida dos brasileiros”, explica Luiz.
Mesmo com o cenário de crise econômica, a expectativa é que o consumo de alimentos e bebidas aumente nos próximos anos. Santos afirma que, em alguns casos, a crise pode beneficiar os empresários. “O setor sempre foi muito criativo para aproveitar oportunidade, ainda mais no canal de food service, que a crise não é para todo mundo, alguns ganham com ela”, pontua.
Para atender a esse segmento, são oferecidas diferentes opções de farinhas para os consumidores. Farinhas para panificação, pastéis, pizzas, doces e salgados podem ser encontradas no portfólio da Nita Alimentos, todas voltadas para o canal de alimentação fora do lar.
Clientes com necessidades diferenciadas podem, também, encontrar farinhas específicas. A Nita Premium é uma farinha produzida com a extração do centro do grão, levando para os clientes um produto mais sofisticado. Além dessa linha, também existe a Nita Plus, com uma fermentação prolongada e alto desempenho.
“Possuímos diversos tipos de farinhas que além de proporcionar um mix diferenciado de receitas devido à variedade de pré-misturas, permite a padronização de qualidade na linha de produção, não sendo necessário fazer grandes ajustes devido à facilidade no manuseio das receitas, impactando diretamente em redução de custos no processo de fabricação com a otimização do tempo e diminuição do desperdício de matéria-prima”, conta Luiz. Especialmente pensando nesse tipo de cliente, a Nita busca compreender cada público, tanto o doméstico quanto o profissional. O atendimento para o food service, por exemplo, é diferenciado, com as opções tradicionais, como telefone e e-mail, e personalizadas, com uma equipe técnica responsável por orientar essas pessoas.
Além do atendimento, os produtos direcionados ao food service possuem pesagens específicas, com embalagens que vão de 1kg a 25 kg. De acordo com Luiz, esses tamanhos podem fazer a diferença para os consumidores. “A padronização de processos é um dos elementos que compõem os sistemas de gestão da qualidade, assim como a pesagem dos produtos. Essa ação gera redução de perda que normalmente não é vista pelas empresas, impactando diretamente nos resultados”, conta.
Desenvolvimento
O desenvolvimento dos produtos dentro de uma empresa alimentícia é importante para ela se manter no mercado. Por isso, muitos empresários investem em produzir alimentos diferenciados para atender o seu público.
“Para Nita Alimentos, manter um alto nível de qualidade e desenvolver produtos com alta tecnologia é algo primordial. Temos setores específicos que desenvolvem os produtos com foco em atender uma necessidade e em proporcionar alto desempenho e resultados satisfatórios na linha de produção”, pontua Luiz.
Investimentos
A Sabor a Mais, empresa produtora de ingredientes para o setor alimentício, também investe em farinhas e misturas para o setor de panificação. De acordo com Mirela Araújo Machado da Fonseca, coordenadora de Qualidade, Pesquisa e Desenvolvimento da SM, a farinha de trigo é a base da maioria dos produtos feitos em padarias. “Ela é, sem dúvida, o ingrediente principal de qualquer receita e a grande responsável por características tão específicas como volume, maciez e crocância”, explica.
De acordo com Mirela, as farinhas podem ajudar seu público, desde que tenham a padronização e ofereçam praticidade nos produtos. Ela explica que esses dois fatores são essenciais para qualquer processo e, por isso, a Sabor a Mais os valoriza em sua produção. “A farinha mais procurada ainda é a específica para pão francês, pois esse é o produto mais produzido dentro de uma padaria. Porém, cada vez mais, as farinhas estão sendo tipificadas, pois sabemos que a qualidade desse produto está diretamente relacionada à aplicação em será utilizada. Cada aplicação requer características tecnológicas específicas”, pontua a coordenadora.
As farinhas comercializadas pela empresa, voltadas para a panificação, possuem pesos que variam de 25 kg a 50 kg. Essas embalagens buscam atender diferentes públicos, desde aqueles com pequena demanda até empresas maiores.
Com um grande tempo no mercado de panificação, a Sabor a Mais viu algumas mudanças acontecerem nesse setor. Para Mirela, uma das diferenças é a busca por soluções mais ágeis. “Entendemos que a grande mudança nesse mercado está relacionada à busca pelas misturas em função da praticidade, agilidade e maior qualidade que tais produtos proporcionam”, afirma.
Mais
A Abritrigo também afirma que a moagem de grãos dá origem a dois produtos: a farinha (75%) e o farelo de pão (25%). Desse total, as farinhas se destinam, em sua maioria, para o setor de panificação (55%); macarrão (17%); biscoitos (13%); uso doméstico (11%); e outros usos (4%).
As farinhas podem ser encontradas em várias formas no mercado, como amarelas, integrais ou enriquecidas, essenciais para a nutrição humana. O trigo é uma das trinta plantas mais cultivadas no mundo, sendo que três espécies representam 90% do cultivo mundial. Cada uma dessas espécies é indicada para usos diferentes.
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