O saldo negativo na geração de empregos é sinal de que as contas não estão fechando e é preciso cortar custos. “Em momentos de retração da economia e incerteza, as empresas, principalmente as de menor porte, enfrentam grandes dificuldades em manter ou expandir as vendas”, diz Diogo Feliciano, sócio-diretor da Orbe Consultoria, especializada em redução de custos.
Confira a seguir três dicas para cortar custos sem perder eficiência:
1. Conheça os gastos Conhecer todos os gastos da sua empresa é o primeiro passo antes de decidir o que cortar. “É comum que as empresas acabem por investir tempo em linhas de gasto com pouca ou nenhuma oportunidade pelo simples fato de não terem a visibilidade correta dos gastos como um todo”, diz Feliciano. Por isso, estruture uma planilha que contemple todas as despesas e foque no que trás retorno no curto e médio prazo.
2. Cuidado com cortes que geram despesas Um problema comum nas empresas é cortar custos e gerar mais gastos. Parece contraditório, mas acontece com frequência. “Por exemplo, um cancelamento de contrato pode incorrer em multas. Essas ações devem ser feitas de forma sustentável, garantindo que os benefícios sejam realmente atingidos no prazo planejado”, diz o consultor. Antes de resolver cortar um contrato ou mesmo realizar demissões, faça as contas se o impacto não será maior para o negócio.
3. Foque no resultado Cortar custos sem afetar a margem é uma tarefa difícil e exige dedicação dos empreendedores. “É preciso olhar para dentro de casa, aplicando iniciativas de redução de custos sustentáveis. Isso ajudará a reduzir o impacto na sua margem final, sendo crucial para o empresário enfrentar este momento de turbulência”, diz Feliciano.
Com os gastos bem conhecidos, priorize os cortes que não afetam diretamente o resultado ou as vendas. “Definir o grau de prioridade das áreas depende de um estudo completo, que envolve nível de agregação de valor, tamanho, custo e impacto no negócio”, afirma.
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