Por mais que seja uma coisa ruim, infelizmente não são raras notícias sobre estabelecimentos ligados à alimentação sendo fechados por determinação da Vigilância Sanitária, pela presença de roedores, má conservação dos alimentos ou outros motivos. A evidência ou existência de insetos, roedores, pássaros e outros animais numa instalação alimentícia é considerada como uma violação muito séria, pois é um transtorno que pode trazer doenças para funcionários, clientes, proprietários, afetar para sempre a reputação de uma empresa, prejuízos que podem ser difíceis de reverter.
Sabemos que ninguém quer passar por isso, não é mesmo? Dessa maneira, estabelecer uma rotina para o controle de pragas é importantíssimo!
O que fazer para controlar as pragas?
Elaborar e utilizar um manual de controle de pragas é uma ação necessária na prevenção de insetos e roedores que podem infestar as instalações, apesar dos procedimentos adequados de limpeza, sanitização e manutenção. Assim a empresa começa a se prevenir e evitar problemas relacionados a isso, incluindo contaminações de alimentos e até interdições por parte dos órgãos regulatórios e de fiscalização.
O controle integrado de vetores e pragas se aplica a qualquer estabelecimento onde o alimento é manipulado, preparado, armazenado e exposto à venda, podendo ou não ser consumido no local. Importante salientar também que os veículos que transportam alimentos também devem passar pelo controle de pragas, pois é comum a presença de baratas e outros vetores.
Outro aspecto é que esse cuidado para evitar as pragas não deve se basear somente na aplicação de inseticidas ou rodenticidas. Quando necessário, o controle químico deve obedecer à legislação específica e medidas de segurança, para evitar contaminação dos alimentos, equipamentos e utensílios.
Orientações para o controle de pragas
Veja algumas orientações que podem ser seguidas pelas empresas no cuidado e controle de pragas. Todo cuidado vale para que o ambiente sempre esteja limpo e livre de problemas!
- Evitar fatores que propiciem a proliferação de pragas, tais como: resíduos de alimentos, água estagnada, materiais amontoados em cantos e pisos, armários e equipamentos contra a parede, acúmulo de pó, sujeira e buracos nos pisos, teto e paredes, mato, grama não aparada, sucata amontoada, desordem de material fora de uso, bueiros, ralos e acessos abertos e má sanitização das áreas de lixo.
- Os pesticidas utilizados devem ser regulamentados por lei, devem estar perfeitamente identificados e ser utilizados de acordo com as instruções do rótulo ou aquelas estabelecidas no Manual de Controle de Pragas.
- Os pesticidas devem ainda ser considerados “veneno” e, portanto, mantidos em lugar fechado, longe de matérias-primas, material de embalagem, produto em processo e produto terminado, equipamentos e utensílios empregados no processo.
- O equipamento utilizado para a aplicação de pesticidas deve ser lavado depois de usado, mantido em boas condições de operação e conservação e guardado em lugar apropriado.
- O pessoal que executa os trabalhos de controle de pragas deve ser bem treinado quanto à execução das tarefas, bem como ser orientado quanto aos cuidados necessários para sua proteção (máscaras, luvas, vestuário adequado, etc).
- O exame periódico visual ou com lâmpada de luz ultravioleta deve ser efetuado com ênfase às dobras e interior de pilhas de sacarias e locais críticos, onde possam existir atividades de roedores e insetos.
- O controle de pássaros se realiza com o fechamento adequado das aberturas das instalações e a eliminação periódica de ninhos em áreas adjacentes.
- É obrigatório manter as instalações livres de cães, gatos ou qualquer outro animal.
- Deve-se contar com um ou mais dos sistemas a seguir mencionados, nas entradas das áreas de processo: antecâmaras de proteção ou cortinas de ar adequadamente instaladas, instalação de eletrocutores estrategicamente localizados, instalação de telas nas janelas e em outras aberturas e substituição de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de luz amarela (sódio), para evitar atração de insetos noturnos nas áreas externas.
- Os inseticidas utilizados nas áreas internas de fábricas, restaurantes, armazéns e escritórios, devem ser de baixa toxidade.
- Para acabar com a entrada de roedores nas áreas internas das instalações deve-se eliminar aberturas; manter as portas fechadas (não tendo mais de 1cm de abertura nas juntas), colocar barreiras nas vias de acesso (tubulação, ralos, condutores de fios, etc), evitar espaços nas paredes, pisos e teto, pois facilitam o aninhamento, e evitar armazenar equipamentos e materiais fora de uso.
- Os inseticidas residuais (fosforados) nunca devem ser aplicados sobre equipamentos, utensílios, insumos e produtos. Nunca utilizar inseticidas clorados.
- Os equipamentos, utensílios, insumos e produtos devem ser cobertos quando da aplicação de inseticidas.
- As abelhas são atraídas por solução açucarada e sua entrada deve ser evitada através de eliminação de vazamentos, açúcar umedecido e fechamento adequado de aberturas.
- A presença de morcegos é evitada com o fechamento hermético de aberturas.
- Os estrados de armazéns devem ser examinados para detecção de infestação.
- Relatório sobre atividades de controle de pragas deve ser emitido periodicamente.
Existem empresas especializadas no trabalho de controle de pragas e roedores, vale a pena pesquisar no mercado aquela que melhor lhe atenda e definir períodos de dedetização. Todo cuidado é importante para manter o local livre de qualquer possibilidade de contaminação. A saúde de todos agradece!
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