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Identificar e atender demandas específicas é antídoto para crise
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Identificar e atender demandas específicas é antídoto para crise
Mesmo em segmentos onde há farta oferta, como serviços pet e de alimentação fora de casa, é possível identificar consumidores não atendidos e fazer o negócio crescer
por DCI
30/01/2017

Mesmo com a crise, muitos empreendedores estão conseguindo expandir seus negócios. A estratégia? Identificar oportunidades e fazer um planejamento realista e coerente para atendê-las, seja por meio de parceiros ou da própria família. Segundo especialistas, buscar oportunidades que atendam às necessidades e fidelizem clientes é uma estratégia vencedora. 

Lígia Guimarães é prova disso. Ela decidiu aliar-se a uma  sobrinha chef de cozinha para criar um espaço de trabalho colaborativo e turbinar o seu negócio, até então uma agência de comunicação criada em sua própria casa, na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, em 2010. A ideia era oferecer serviço de internet, sala para reuniões e ótima gastronomia.

Em uma parte de um novo local, ela criou o espaço E-laborar, com internet grátis e mesa para reuniões.  Sua sobrinha criou no mesmo espaço um bistrô, o Cardomomo Gastronomia, com capacidade para 45 pessoas. "Foi uma forma de agregar valor ao meu negócio e divulgar a minha marca. Quer melhor marketing do que ter um potencial cliente visitando o seu negócio ´in loco´?", comenta.

Algum segredo? "Não. Servimos comida boa a bom preço, em um lugar agradável, em uma região do bairro que carecia de um negócio com esse perfil."  Para 2017, a expectativa é de crescimento, tanto do bistrô como da agência. "Na crise, há oportunidades para quem entrega qualidade com preço justo", acredita a empresária. A agência, que começou com seis funcionários, sendo dois deles seus filhos, conta hoje com 15 funcionários.

Distante dali, no bairro da Água Rasa, na zona leste de São Paulo, Paula Silva também identificou uma oportunidade. Ela foi uma das 20 funcionárias demitidas no início do ano de um pequeno frigorífico do bairro, onde trabalhava no corte de carnes. Antes do desligamento da empresa, Paula já havia percebido a falta de opções para os trabalhadores das 30 pequenas e médias empresas, entre oficinas mecânicas, frigoríficos e fábricas de plásticos e adesivos, que atuavam na região.

Por isso, acabou reunindo o dinheiro da rescisão para investir R$ 50 mil em um restaurante exatamente ao lado do frigorífico. Aberto há dois meses, o negócio vai "de vento em popa". A expectativa inicial de servir 40 pessoas por dia e entregar 40 quentinhas foi superada logo no primeiro mês. "O segundo mês de operação teve o dobro de vendas da meta inicial, o que me obrigou a contratar mais uma cozinheira",  comemora a nova empresária.

O negócio é uma sociedade com o marido e com a mãe, que trabalham no dia a dia. Além disso, há três funcionários contratados. "Não tem segredo, comida boa com preço justo sempre vende. Cobro R$ 11 por um prato feito caprichado em um lugar carente deste serviço e sou exigente com a higiene e decoração do local", conta.

Mas a empresária não receia perder clientes com a possibilidade de aumento do desemprego? "Eu diversifiquei minha clientela e também entrego quentinhas para aposentados que vivem no bairro e não gostam ou não podem cozinhar. Então, sempre tem movimento", diz, mostrando que soube identificar não apenas uma, mas duas oportunidades de negócio. Ela conta que, somente em 2016, três empresas fecharam as portas e cerca de cem  pessoas foram demitidas na região. 

Contratar mais funcionários em 2017 também está nos planos do casal de empresários Nina e Konrad Bruch, que apostaram no crescimento verificado no mercado pet nos últimos anos de um jeito diferente. Transformaram uma fazenda da família no município de Igaratá, a 90 quilômetros de São Paulo, no Vale do Paraíba, em uma pousada onde os principais hóspedes são os animais de estimação.

O casal decidiu investir no  negócio após verificar o mercado e perceber uma oportunidade de atender pessoas que gostam de viajar, levar seu bichinho de estimação e interagir com ele na viagem.  Na Pousada Gaia Viva, os animais ficam soltos, acompanham os hóspedes no restaurante, fazem caminhadas e têm uma piscina só para eles. Não são aceitas crianças até 15 anos. Os pets devem ser amigáveis e os machos, castrados. Caso contrário, a hospedagem é negada. 

Nina conta que o negócio começou em 2013, com apenas com um chalé. Hoje são seis unidades, com três a caminho para abertura em 2017. A pousada conta com três funcionários para manutenção, incluindo os cuidados com a horta orgânica que abastece a cozinha para o preparo das três refeições diárias servidas no local. 

"Não posso reclamar porque não senti a crise em 2016. Encontramos um nicho de mercado, trabalhamos de forma sustentável - com água de reúso e compostagem - e sempre ouvimos as sugestões dos clientes, o que nos estimula criar novos serviços", conta a empresária. Em 2017, Nina espera colocar em prática um antigo desejo:  criar uma pequena loja com artigos de artesanato da região como forma de valorizar a cultura local e gerar emprego. 

Para o consultor de marketing Fábio Ghedin, da Próposito Comunicação Corporativa, anos difíceis pedem ainda maior foco em três pilares de um bom negócio, principalmente para as pequenas e médias empresas, que têm uma relação muito mais próxima com seus clientes. Esses pilares são autenticidade, honestidade e confiança, independente do setor de atuação. 

"O maior desafio das marcas hoje, sejam de um pequeno negócio ou grande, é cativar a atenção e a confiança das pessoas, sobretudo em um momento de crise em que o senso crítico fica mais aguçado e, especialmente, diante de nosso momento político. A honestidade, ou seja, entregar o que se prometeu, ficou ainda mais importante", avalia o consultor. Fica a dica para quem quer, além de sobreviver, dar passos mais largos em 2017. 

 
 
 
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